Moderação nas compras da indústria mantém preço da carne bovina estável

07/03/2023 #22

“Não há nada que dominemos inteiramente a não ser os nossos pensamentos”.

René Descartes (1596–1650)

Embora não tenhamos controle absoluto sobre o que acontece à nossa volta, por meio do pensamento podemos moldar nossas ações e atitudes em relação a esses eventos e sobre como eles nos afetam.

Com isso, vamos ao Resumo!

Exportações de carne bovina atingem recorde em fevereiro, enquanto o mercado interno permanece pressionado

🐂Boi 

O mercado de carne está pressionado, com as indústrias comprando moderadamente. A arroba em São Paulo está valendo R$ 231,00. As exportações de carne bovina em fevereiro foram recordes, gerando uma receita de US$ 810,82 milhões.

  • Mercado Físico: O mercado físico de carne está pressionado, com as indústrias realizando compras moderadas. As cotações permaneceram estáveis na maior parte do país.

  • Preço da Arroba: Em São Paulo, a arroba está sendo precificada a R$ 231,00.

  • Contratos na B3: Os contratos na B3 voltaram a se desvalorizar, com o vencimento para maio de 2024 cotado a R$ 229,45, um recuo de 0,41% na comparação diária.

  • Exportações de Carne Bovina: Em fevereiro de 2024, as exportações de carne bovina in natura atingiram 179,12 mil toneladas, um recorde para o mês de fevereiro. Isso resultou em uma receita de US$ 810,82 milhões, 32% superior ao arrecadado em fevereiro de 2023.

BGIH24: Após a sequência de altas diárias na B3, o vencimento mar/24 voltou a recuar e fechou o pregão regular de quarta-feira cotado em R$ 229,40/@. Para cima, o primeiro obstáculo para o ativo está na região dos R$ 232,15 e, caso siga recuando, o suporte de preços permanece no fundo de 29/02 a R$ 225,25.

(Fonte: Agrifatto)

O que mais preciso saber sobre o mercado do boi?

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  • Baixa demanda de frigoríficos pressionou arroba do boi em fevereiro, diz Cepea. +

  • Pecuaristas apresentam proposta de “vale-carne” para beneficiários do Bolsa Família. Governo estuda adoção da medida. +

(Fonte: diversos canais)

Em Chicago, soja oscila negativamente enquanto derivados da oleaginosa sobem

🌱 Soja 

Na quarta-feira, o preço da soja caiu um pouquinho em Chicago, mesmo com os produtos feitos de soja ficando mais caros. Ao mesmo tempo, o preço do farelo de soja subiu um pouco.

  • Oscilações no grão de soja: Pequenas oscilações negativas foram observadas para os futuros do grão de soja em Chicago, apesar do movimento de alta dos derivados da oleaginosa.

  • Relatório do USDA: A proximidade do relatório mensal de oferta e demanda do USDA, com foco na safra Sul-americana e demanda nos EUA e China, pode ter influenciado o mercado.

  • Contrato mai/24 (ZSK24): O contrato recuou 0,07% e terminou a sessão regular de 06/03 cotado em US$ 11,48/bu.

  • Futuros do farelo de soja: Os futuros do farelo de soja finalizaram a quarta-feira em território positivo na CBOT, com o contrato mai/24 (ZMK24) variando +0,15% e precificado em US$ 330,40 / tonelada curta.

ZSK24: Sem alterações dentro do contexto técnico/gráfico, o vencimento mai/24 continua negociando próximo à referência dos US$ 11,50 na CBOT. Para cima, a primeira faixa de resistência está entre US$ 11,60 – US$ 11,6575 e, para baixo, o suporte de preços permanece no fundo de 29/02 a US$ 11,2850.

(Fonte: Agrifatto)

O que mais preciso saber sobre o mercado da soja?

  • USDA deve elevar projeção de estoque para soja e reduzir para milho, dizem analistas. +

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  • “Safra 2023/2024 é para esquecer”, afirma Aprosoja. +

  • Comissão do Senado aprova programa para fortalecer indústria nacional de adubos. +

    Soja continua em queda na bolsa de Chicago. +

(Fonte: diversos canais)

Mercado de milho oscila com ganhos e perdas na B3 e CBOT, enquanto dólar recua

🌽 Milho

Na última quarta-feira, o mercado de milho teve um desempenho misto, com contratos futuros de curto prazo se mantendo estáveis e contratos de longo prazo registrando pequenas perdas. Paralelamente, o milho na Bolsa de Chicago (CBOT) teve ganhos, apesar da queda no trigo. O dólar comercial futuro encerrou o dia em queda.

  • Movimentações na B3: Na última quarta-feira, os futuros de milho na B3 tiveram um desempenho misto. Os contratos de curto prazo se mantiveram estáveis, enquanto os contratos de longo prazo registraram pequenas perdas. O contrato mai/24 (CCMK24) variou +0,55% e encerrou o dia cotado em R$ 58,46/sc.

  • Ganhos na CBOT: Apesar da queda expressiva do trigo em Chicago, os futuros de milho acumularam ganhos na última quarta-feira na CBOT. O futuro de milho para mai/24 (CK24) valorizou 0,59% e fechou a sessão cotado em US$ 4,29/bu.

  • Dólar Comercial Futuro: O dólar comercial futuro (DOLJ24) recuou 0,20% e finalizou o pregão de quarta-feira na B3 cotado em R$ 4,958.

CCMK24: Apresentando menor liquidez em relação aos últimos dias, com apenas 5.688 contratos negociados nesta quarta-feira na B3, o vencimento mai/24 segue dentro de uma tendência de baixa. Para cima, o primeiro obstáculo (resistência) se mantém na região dos R$ 58,86 e, caso volte a recuar, o suporte de preços para o ativo está no fundo de 29/02 a R$ 55,11.

(Fonte: Agrifatto)

O que mais preciso saber sobre o mercado do milho?

  • Conab realiza novo leilão de frete para entregar milho na Paraíba e Rio Grande do Norte. +

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  • Plantio do milho em março torna-se mais arriscado. Chuvas podem ser insuficientes para o desenvolvimento da safrinha. +

  • Lei antidesmatamento da UE é frágil e Brasil deveria processá-la, diz especialista. +

    (Fonte: diversos canais)

Mercados globais oscilam: BCE mantém juros, Powell sinaliza corte nos EUA, China surpreende e Japão valoriza iene

💵 Diário Econômico

Mercado Externo

  • No exterior, o dia tem como destaque a decisão de política monetária do BCE, que não deve ser alterada, mas há grande expectativa de que Christine Lagarde, presidente da instituição, durante a entrevista após a decisão, possa dar sinais sobre quando começarão os cortes de juros na Europa.

  • Nos EUA, hoje Powell fará depoimento ao Senado, e deve repetir lá o que já disse na Câmara ontem. O presidente do Fed reiterou que o BC americano reconhece avanços na luta contra a inflação, mas que ainda é preciso ver mais sinais claros de que a queda da inflação é sustentável em direção à meta de 2%, evitou sinalizar quando será o início do corte de juros, mas confirmou que deve ocorrer ainda este ano.

  • Na Ásia, destaque para a balança comercial da China, que surpreendeu com dados de exportação e de importação acima do esperado, dando um viés otimista aos mercados, apesar de analistas destacarem as dificuldades para a economia chinesa neste ano.

  • E no Japão, especulações de que o BoJ estaria analisando alterar em breve sua política monetária ultra acomodatícia contribui para a valorização do iene, que sobe mais de 1%.

  • Nesse contexto, esperamos uma sessão fora do uníssono, com dólar operando em ajustes negativos, tanto em relação às moedas principais quanto às emergentes, bolsas e commodities em alta, exceto o petróleo, que devolve parte das altas após notícias de extensão dos cortes por países da Opep.

Quanto aos treasuries, acreditamos que as taxas devem operar em alta, com a perspectiva de manutenção dos juros altos pelo Fed por período mais prolongado.

 Tendências:

  • Taxa dos Treasuries: Alta

  • Bolsas: Alta

  • Commodities: Alta, exceto petróleo.

Mercado Interno

  • Os ativos locais devem seguir atentos ao panorama global, com os investidores acompanhando a decisão de política monetária do BCE e a coletiva de imprensa de sua presidente, Lagarde, além da volta do presidente do Fed, Powell, ao Congresso para audiência no Senado e falas de mais dirigentes da instituição. No mais, seguem digerindo os dados chineses divulgados na madrugada.

  • No front interno, as negociações políticas em torno da pauta econômica e fiscal do governo no Congresso seguem monitoradas pelos agentes, em especial as questões que envolvem a medida provisória 1.202 (Perse, reoneração da folha de pagamentos e limite de crédito tributário). No mais, irão acompanhar as falas do diretor de política econômica do BC, Diogo Guillen às 11h30.

  • Diante do exposto, esperamos que o Ibovespa se valorize, acompanhando o viés das bolsas globais e commodities; o dólar se enfraqueça frente ao real em sintonia com as demais moedas emergentes; e a curva de juros siga entre margens estreitas nos prazos curtos, com o cenário Selic bem precificado, enquanto os vértices médios e longos podem subir diante da expectativa de alta para as taxas dos treasuries. No entanto, a perspectiva de melhora do quadro fiscal doméstico e possível falas mais dovish do dirigente do BC podem contrabalancear o movimento esperado.

Tendências:

  • Dólar: Queda

  • Juros: Alta

  • Ibovespa: Alta

(Fonte: Banco do Brasil)

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É isso, tchau brigado!

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