Boi descansa no pasto enquanto frigoríficos e pecuaristas disputam preço da arroba

19/03/2024 #30

A adversidade tem o efeito de despertar talentos que em circunstâncias prósperas teriam ficado adormecidos”.

Horácio

As adversidades são desafiadoras, mas não devemos temê-las. Elas nos forçam a sair da zona de conforto em busca de soluções e de habilidades que nem suspeitamos possuir

Com isso, vamos ao Resumo!

Frigoríficos persistem na estratégia do comedimento, pressionando preço da arroba e afetando exportações

🐂Boi 

Os frigoríficos estão comprando pouco pra derrubar o preço da arroba, e os fazendeiros tão vendendo, que de bobos não têm nada, estão vendendo devagar. Com o povo sem dinheiro, a venda de carne caiu e o preço da arroba pode cair mais ainda.

  • Os frigoríficos seguem comprando de forma comedida para pressionar os valores da arroba. Em contrapartida, pecuaristas adotam muita cautela na liberação do gado para não perder dinheiro. Some-se a este cenário a redução do poder de compra da população verificada na segunda quinzena do mês de março, que prejudica o escoamento de carne bovina. Esta é a configuração da pressão baixista sobre o valor da arroba. Em Rondônia o boi gordo foi cotado a R$ 189,50/@, com desvalorização de 2,7% na comparação semanal.

  • Contratos na B3: Todos tiveram reajustes negativos, com o vencimento para mar/24 cotado a R$ 229,40/@, recuo de 0,17%.

  • Exportações de carne bovina in natura: Na terceira semana de mar/24 ficaram em 34,6 mil toneladas. A média diária dos embarques caiu e atingiu 6,81 mil toneladas, com queda de 19,24% ante a média diária da semana anterior. A estimativa para Mar/24 foi reajustada para baixo, ficando em 160 mil toneladas.

BGIH24: Próximo do zero a zero, o vencimento mar/24 encerrou o pregão regular de segunda-feira (19) na B3 cotado em R$ 229,30/@. Para cima, o primeiro obstáculo para o ativo se mantém na região dos R$ 231,40 – R$ 231,70 e o suporte de preços permanece no fundo de 08/03 a R$ 227,30.

(Fonte: Agrifatto)

O que mais preciso saber sobre o mercado do boi?

  • Semana começou com preços do boi acomodados no país. +

  • Exportação de carne para a China deve agregar R$ 10 bilhões na balança comercial do Brasil. +

  • Mato Grosso registra aumento na capacidade frigorífica. +

  • Volume exportado de carne bovina segue com bom ritmo na terceira semana de março/24. +

  • Angus envia primeiro lote de carne certificada para as Maldivas. +

(Fonte: Diversos canais)

Mercado da soja oscila e fecha em queda, acompanhando movimento negativo do óleo de soja

🌱 Soja 

A soja começou a semana meio pra baixo, agora está subindo um pouquinho. Pode ser que ela se ajeite lá pelos 11,70 dólares. O óleo de soja e o farelo de soja estão juntinhos caminhando pra baixo.

  • Futuros da oleaginosa: Começaram a semana em queda, mas mantêm uma tendência de alta no curto prazo. Existe a possibilidade de se acomodarem em torno de 11,70 US$/bu.

  • Futuros do Grão de Soja: Terminaram a primeira sessão da semana em território negativo na CBOT, seguindo a tendência negativa do óleo de soja. O contrato de maio de 2024 (ZSK24) variou +0,25% e fechou a sessão de 15/03 cotado a US$ 11,98/bu.

  • Futuros do Farelo de Soja: Seguiram a mesma tendência na sessão de segunda-feira em Chicago. O contrato de maio de 2024 (ZMK24) caiu 0,80% e foi precificado a US$ 334,70 / tonelada curta.

ZSK24: No pregão de segunda-feira, o ZSK24 transitou entre 12,08 e 11,87, encerrando perto da mínima do dia. O suporte está indicado em 11,81 e a resistência em 12,01. A tendência de alta está mantida para o ZSK24 no curto prazo.

(Fonte: Agrifatto)

O que mais preciso saber sobre o mercado da soja?

  • Preço da soja cai na bolsa de Chicago. +

  • Produtores devem demorar a receber restituição de royalties de soja da Bayer. +

  • Avanço nas relações comerciais do agro entre Brasil e Estados Unidos marca missão do Mapa em Washington. +

  • Colheita de soja impulsiona tendência de alta dos preços. +

  • Vitórias da Ucrânia sobre a frota russa no Mar Negro fortalecem exportações. +

(Fonte: Diversos canais)

Mercado oscila com volatilidade: dólar fortalece, milho recua e contrato valoriza

🌽 Milho

O mercado deu uma sacudida no comecinho da semana. O preço do milho em Chicago deu uma escorregadinha, mas o contrato de maio acabou valorizando um pouco. E o dólar foi lá nas alturas, maior valor desde novembro passado.

  • O pregão de início da semana foi marcado por forte volatilidade. Mercado abriu em queda, precificando a melhora do clima para o curto prazo, e encerrou o dia com ganhos balizados pelo fortalecimento do dólar, pelos ataques russos à Ucrânia e pela indefinições das estimativas. Contrato mai/24 (CCMK24) valorizou 0,23% e fechou com ajuste em R$ 60,95/sc no dia 18/mar.

  • Futuros de milho em Chicago: Houve leves movimentações pautadas no cenário satisfatório para o curto prazo na safra da América do Sul e ponderando tensões entre Rússia e Ucrânia que voltaram à tona nessa semana. O futuro de milho para mai/24 (CK24) recuou 0,17% e encerrou a sessão diurna de 18/03 cotado em US$ 4,36/bu.

  • Dólar comercial futuro (DOLJ24): Registrou máxima desde nov/23 com alta de +0,72% e terminou o último pregão da semana na B3 cotado em R$ 5,039.

CCMK24: Com a movimentação de preços observada durante na segunda-feira na B3, o vencimento mai/24 mantém um viés de entre baixa e sustentação. O suporte do CCMK24 está em R$59,10 e resistência em R$62,20.

(Fonte: Agrifatto)

O que mais preciso saber sobre o mercado do milho?

  • Safra menor sustenta preços do milho; soja reage, diz Cepea. +

  • Custo de produção do milho cai em Mato Grosso, diz Imea. +

  • Brasil e EUA debatem revisão de barreiras ao açúcar em troca de liberação para etanol de milho. +

Importação chinesa de milho avança 16,1% no primeiro bimestre. +

Produtores do Paraná relatam perdas de produtividade do milho devido ao excesso de calor. +

(Fonte: Diversos canais)

Cenário externo e incerteza fiscal doméstica estão no radar dos investidores

💵 Diário Econômico

Mercado Externo

  • No exterior, após o BoJ elevar sua taxa de juros pela primeira vez em 17 anos e encerrar a política de controle da curva de juros, hoje a noite o PBoC divulgará sua decisão para os juros das LPRs de 1 e de 5 anos na China, mas os mercados devem operar hoje na expectativa pela decisão dos juros dos EUA amanhã na reunião do Fomc.

  • Apesar da mudança da política monetária pelo BC japonês, o presidente do BoJ alertou que as condições financeiras no país seguirão acomodatícias, assim, o iene, que chegou a se valorizar fortemente com especulações sobre a mudança, hoje opera em queda.

  • Para o BC da China, não há expectativa de alterações.

  • Já para a decisão do Fomc, a expectativa é grande pelas projeções para as taxas de juros e indicadores econômicos (dot plots), que podem apontar a trajetória que o Fed pretende dar às taxas de juros americanas. Assim, a tendência é de que os mercados operem em viés de cautela no dia, com as taxas dos treasuries operando em queda.

  • A cautela também fortalece o dólar contra a maioria das moedas, o que deve fazer com que as commodities operem majoritariamente em queda nesta sessão, exceto o petróleo, que ainda sofre os impactos da interrupção parcial do fornecimento da Rússia, após ataques ucranianos a suas refinarias.

  • Por fim, os futuros das bolsas americanas apontam para uma abertura em queda, após a euforia com ações de tecnologia ontem ter provocado valorização das bolsas.

Projeções

  • Taxa dos Treasuries: Queda

  • Bolsas: Queda

  • Commodities: Queda, exceto petróleo

Mercado Interno

  • Os ativos locais devem seguir atentos ao panorama global, com os investidores em compasso de espera pela decisão de política monetária do Fed amanhã, enquanto absorvem a elevação de juros por parte do BoJ ontem.

  • No front interno, fica a expectativa pela divulgação do primeiro Relatório Bimestral de Receitas e Despesas do ano, na próxima sexta-feira (22/03), onde o governo acredita que neste momento não haverá necessidade de grandes contingenciamentos no orçamento, o que tira parte da pressão sobre uma mudança de meta e desloca a discussão para o próximo relatório (maio).

  • Os agentes também estão na expectativa para a decisão do Copom amanhã, onde o comunicado gera grande foco. Pois, parte dos agentes especulam que o comitê poderá alterar a sinalização de manutenção do ritmo de corte em 50 bps “nas duas próximas reuniões”. No nosso entendimento, não haverá tal mudança no tom do documento, que deve indicar as mesmas premissas de parcimônia e cautela na condução da política monetária.

  • Para o dia, esperamos que o cenário de cautela no ambiente internacional e desconforto com a cena fiscal doméstica devem influenciar a sessão. Assim, o Ibovespa tende a se desvalorizar, na esteira da queda das commodities e das bolsas globais; o dólar deve se fortalecer frente ao real, em sintonia com as demais moedas emergentes; e a curva de juros deve permanecer entre margens estreitas nos prazos curtos no aguardo do comunicado do Copom amanhã, enquanto os médios e longos podem subir, apesar do viés baixa das taxas dos treasuries.

Projeções

  • Dólar: Alta

  • Juros: Alta

  • Ibovespa: Queda

(Fonte: Banco do Brasil)

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É isso, tchau brigado!

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